A Itália está de volta. Após ser campeã mundial em 2006, a Azurra passou por momentos de tristeza e incertezas. Eliminações precoces, quedas inesperadas e até mesmo ausência em Copa do Mundo. Mas isso tudo ficou no passado neste domingo. A Azurra levou a melhor na final contra a Inglaterra e conquistou pela segunda vez na história a Eurocopa.
O último momento de glória italiana havia ocorrido com o título da Copa do Mundo de 2006. Depois disso, o tradicional país acumulou situações vergonhosas para quem tanto se acostumou a vencer. Para se ter uma ideia, a Itália caiu duas edições seguidas na fase de grupos de Copa do mundo no período: 2010 e 2014. O pior ficou para 2018, quando a Azurra sequer conseguiu se classificar para a competição.
Na Eurocopa, competição que a Itália não vencia desde 1968, outras decepções. Neste período, a Espanha era a principal vilã, responsável por duas eliminações: 2012 e 2016.
A Itália, portanto, chegou na Eurocopa tendo que provar sua força e afastar a desconfiança por conta dos últimos resultados. A primeira fase serviu para espantar o pessimismo que tomava conta de alguns. Vitórias com atuações convincentes começaram a resgatar a confiança.
Estreou bem diante da Turquia com uma vitória por 3 a 0. Na sequência, não tomou conhecimento da Suíça e repetiu os 3 a 0. Para garantir a primeira posição do grupo, fez 1 a 0 sobre País de Gales e teve uma das melhores campanhas da competição.
O primeiro susto veio nas oitavas de final. Um duro jogo contra a Áustria e os gols só foram sair na prorrogação: 2 a 1. Nas quartas, a talentosa Bélgica, do candidato à Bola de Ouro Kevin de Bruyne e do atacante Romero Lukaku, campeão italiano pela Inter de Milão. A Azzurra se mostrou madura e no tempo regulamentar garantiu uma vitória por 2 a 1, se candidatando de vez ao título.
A semifinal marcou o reencontro com a principal pedra do sapato dos últimos anos: a Espanha. O adversário havia reservado severos castigos nos últimos encontros. E novamente a partida foi disputadíssima. O finalista foi conhecido nos pênaltis, para delírio dos italianos que comemoraram como se fosse um título.
A final não poderia ser diferente e foi repleta de emoção. A Inglaterra saiu na frente com apenas dois minutos e fez a Itália jogar pressionada grande parte do duelo. Mesmo diante da torcida adversária, a Azurra buscou o empate e levou a decisão para as penalidades. Foi aí que Donnarumma se agigantou e garantiu a taça.
Fonte: Folhapress