A Comissão de Inquérito Parlamentar (CPI) do Transporte Público ouviu nesta quinta-feira (24) os representantes da empresa Timon City. O empresário Ramon Alves de Sousa foi o primeiro a depor na CPI dos Transportes nesta quinta-feira (24). Ele é responsável pela empresa Timon City, do Sistema de Integração do Transporte de Teresina (SITT) e do Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut).
Ramon Alves apresentou propostas sobre o sistema tarifário e de bilhetagem eletrônica.
“A tarifa deve ser oscilante, de acordo com os custos do sistema. Já o sistema de bilhetagem eletrônica deveria ser feito pelo poder público ou por uma empresa para não haver reserva de mercado. Ele também responsabilizou o poder público e os empresários pelo caos no sistema de transporte público”, frisa.
Já o empresário Alberlan Sousa, representante do Sistema de Integração do Transporte de Teresina (SITT), reagiu às declarações de Ramon Alves.
“As empresas não permitiriam o ingresso de uma empresa que não participou do processo de licitação. Ele ainda defendeu a repactuação do sistema e disse que sem subsídios, o sistema não tem condições de se recuperar”, explica.
Conforme o presidente do Setut, Marcelino Lopes, a queda da demanda no transporte público é por conta da pandemia.
“Os problemas do transporte coletivo são devido à queda da demanda de passageiros após o surgimento da pandemia. As empresas estão bancando o sistema, uma vez que não existe subsídio do poder público”, destaca.
O vereador Dudu Borges, presidente da CPI, afirmou que mais uma vez muitas informações chegaram à mesa e trazem novas discussões.
“Hoje destaco questões colocadas pelo representante do SITT, que por exemplo, delegou todas as suas funções para o Setut. No entanto, o Setut operacionaliza a questão financeira, já a parte operacional quem faz e controla é o SITT. Também foi dito que eles não sabem o motivo de não ter o controle do quantitativo de ônibus alternativos. Ainda foi dito que existe uma blindagem para ingresso de novas empresas. São afirmações que precisam e serão investigadas. Estamos avançando cada vez mais e vamos achar uma solução”, afirmou.
Com informações da Ascom
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