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Ecko, chefe da maior milícia do Rio, é morto pela polícia

Apontado como chefe da maior milícia do estado do Rio de Janeiro, Wellington da Silva Braga, o Ecko, foi morto neste sábado (12) durante uma operação da Polícia Civil do Rio. Ecko foi baleado durante ação da polícia para prendê-lo em uma casa da comunidade de Três Pontes, no bairro de Paciência, na zona oeste do Rio.

Segundo a Polícia Civil, ele foi socorrido com vida, mas não resistiu aos ferimentos. A polícia ainda não divulgou detalhes sobre a circunstância em que ele foi baleado.

Dia dos Namorados
Em comunicado oficial, a Polícia Civil confirma operação batizada de Dia dos Namorados, parte da Força-Tarefa de Combate às Milícias, criada em outubro de 2020, com o objetivo de asfixiar o braço financeiro das organizações criminosas.

A ação foi coordenada pelo Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE), com apoio da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM), da Delegacia de Defesa de Serviços Delegados (DDSD), da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC), da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco), da Subsecretaria de Inteligência (Ssinte), da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (CORE) e do Serviço Aeropolicial (SAER).

Bonde do Ecko
O grupo de Ecko atua em bairros da zona oeste e também em algumas regiões da Baixada Fluminense explorando diversas atividades ilegais nas comunidades, como contrabando de cigarros, venda de gás e transportes alternativo.

O miliciano herdou o “cargo” de líder da quadrilha quando assumiu e expandiu os negócios de seu irmão, Carlos Alexandre da Silva Braga, o Carlinhos Três Pontes, que morreu em confronto com a Polícia Civil, em abril de 2017. Após, a morte do irmão, a Liga da Justiça passou a se chamar “Bonde do Ecko”.

A quadrilha começou atuando nos bairros de Campo Grande, Santa Cruz, Cosmos, Inhoaíba e Paciência, na zona oeste, sendo comandada inicialmente por ex-policiais militares: Ricardo Teixeira Cruz, o Batman; Toni Ângelo Souza Aguiar, o Toni Angelo; e Marcos José de Lima, o Gão. Todos foram presos em 2007 e 2008.

Após a prisão do grupo, Carlinhos Três Pontes assumiu a liderança. Diferente da antiga configuração, Carlinhos era ex-traficante do Morro Três Pontes, em Santa Cruz, e tornou-se o chefe do grupo até ser morto.

Ao assumir, Ecko estreitou a relação da milícia com o tráfico de drogas.

O Disque Denúncia oferecia uma recompensa de R$ 10 mil por informações que levassem ao miliciano.

Outros negócios
Segundo estimativa do Ministério Público do Rio, o grupo movimenta ao menos R$ 10 milhões por mês somente na Baixada Fluminense. O dinheiro é obtido a partir da exigência de pagamentos de taxas de comerciantes e moradores.

Entre as atividades exploradas, há também a extração de saibro, uma espécie de areia usada na construção civil. A ação em condomínios do programa habitacional “Minha Casa Minha Vida”, do governo federal, também tornou-se uma das mais rentáveis fontes de renda da milícia nos últimos anos.

Segundo as investigações, há mais de 10 mil unidades habitacionais que passaram a ser exploradas com a expansão da milícia da zona oeste para Baixada Fluminense através de “franquias do crime”, instaladas em diferentes pontos do RJ.

Estima-se que mais de 2 milhões de pessoas vivam em áreas dominadas pela quadrilha de Ecko.

Fonte: Folhapress

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