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Canal Livre: Brasil fracassou no Plano Nacional de Imunização, afirma Wellington Dias

O Wellington Dias, governador do Piauí e presidente do Consórcio Nordeste e coordenador do Fórum Nacional dos Governadores, concedeu entrevista ao Canal Livre, da Band, e afirmou que o Brasil fracassa em seu Plano Nacional de Imunização justamente porque perdeu oportunidades de compra de várias vacinas no ano passado, além da Pfizer, imunizante tão citado na CPI da Covid.

“O Brasil tem um plano estratégico de vacinação. É o plano de 20 de outubro do ano passado, lançado no Palácio do Planalto, que confirma que o País faria a opção por mais vacinas, e variadas vacinas, para alcançar as metas de vacinação”, relembra o governador.

Segundo o governador Wellington Dias, o Plano nacional de Imunização foi dividido em quatro fases

“Este mesmo plano foi dividido em quatro fases, sendo a primeira a do grupo de cerca de 53 milhões de brasileiros, que inclui maiores de 60 anos, indígenas e pessoas com comorbidades. Qual era a lógica, então? O País chegar em abril deste ano com essa primeira fase totalmente vacinada. Fracassamos. E fracassamos porque o Brasil perdeu as oportunidades. O contrato com a Pfizer, a Janssen, a Sputnik, mais contrato com a Sinovac, com a Sinopharm. Tudo isso em agosto, setembro, outubro e até novembro de 2020 ainda era possível”, destaca

De acordo com o governador Wellington Dias, o Fórum Nacional de Governadores acompanhou o status das negociações e cobrava reuniões com o então ministro da Saúde, Pazuello.

“O primeiro contato com a Pfizer quem fez foi o governador Camilo, do Ceará, que me ligou e disse que o pessoal [da Pfizer] tinha abertura para um entendimento. Procuramos o ex-ministro e houve uma reunião do Pazuello no Palácio com os governadores, em que ele chegou a colocar que estava em andamento esse contrato de 70 milhões de doses e como seriam a entrega das mesmas”, relembrou Dias.

Já sobre a carta da Pfizer, também tão citada na última semana durante a CPI da Covid, Dias afirmou não ter tido conhecimento sobre o documento.

“Não soube da carta, mas soube do cronograma que permitiria o Brasil ter 18 milhões de doses até junho. Ali, [na reunião com o Planalto] se sustentou um argumento da exigência sobre o risco do pós-vacina e abrimos um canal de negociação. Nós dissemos que se a União não quisesse assumir a responsabilidade pelo acompanhamento, nós aceitávamos dividir as responsabilidades com os municípios, e foi isso que foi costurado para o acordo”, explica.

Wellington Dias concede entrevista a jornalistas da Band

Da Redação
Foto: Divulgação/Band News

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