A Polícia Federal deflagrou neste domingo (11) a Operação “Protect I” para dar cumprimento a dois mandados de prisão temporária e três mandados de busca e apreensão, na intenção de coibir a prática de crimes de estupro de vulnerável e pornografia infantil contra uma criança.
A ação, coordenada pela Delegacia de Polícia Federal em Salgueiro/PE, foi deflagrada nas cidades de Araripina/PE e Caldeirão Grande do Piauí/PI.
A investigação contou com o auxílio da INTERPOL e retratou um gravíssimo caso de abuso sexual infantil intrafamiliar. A suspeita é que o crime venha sendo praticado desde agosto de 2020, pelo pai da vítima.
Os abusos contra a menor, de apenas cinco anos de idade, eram registrados em vídeos e imagens, e posteriormente compartilhados na rede mundial de computadores, através da chamada DeepWeb. O material pornográfico era produzido pelos próprios investigados e difundido entre outros usuários da rede.
A INTERPOL mantém um banco de dados de imagens de abuso sexual infantil, o qual é alimentado por policiais de 61 países membros e pela EUROPOL. O Brasil faz parte dos países autorizados e certificados para a utilização do sistema desde 2009. Nesse contexto, a Polícia Federal instituiu uma Força Tarefa composta de policiais federais e civis, treinados na referida ferramenta da Interpol, que tem por objetivo a identificação das crianças brasileiras vítimas de abuso.
Salienta-se que o Brasil, como país membro da Interpol, aderiu à resolução 08 da Assembleia Geral da Interpol em 2011, por meio da qual se comprometeu a promover o gerenciamento de material de operações voltadas ao combate ao abuso sexual infantojuvenil de maneira centrada na vítima.
Os investigados foram conduzidos à Delegacia da Polícia Federal em Salgueiro/PE onde foram autuados pelos crimes de Estupro de vulnerável e produção e difusão de pornografia infantil.
No Brasil, a INTERPOL é representada pela Polícia Federal.
Com informações da Ascom/PF
Foto: Divulgação/PF