O ex-presidente da Argentina Carlos Menem morreu neste domingo (14) aos 90 anos de idade. Ele estava internado em uma clínica em Buenos Aires, segundo agências de notícias.
De acordo com o jornal Clarín, a equipe de Menem disse que o estado de saúde do ex-presidente se complicou nas últimas horas. Ele estava internado em razão de uma infecção urinária. O ex-presidente também sofria com problemas cardíacos. O político já havia sido internado em algumas ocasiões no ano passado.
Em junho de 2020, ele foi diagnosticado uma pneumonia severa, agravando seus problemas com diabetes, segundo o jornal La Nación. Desde então, sua saúde vinha piorando.
Nascido em 2 de julho de 1930, Menem teve quatro filhos —um deles, Carlos Jr., faleceu em 1995—, recorda o La Nación. Seu corpo será velado no Congresso argentino.
Dois mandatos
De origem síria e advogado de profissão, Menem foi presidente por dois mandatos consecutivos, de 1989 a 1999, após ter sido governador de La Rioja, sua província natal, entre 1973 e 1976 —ano em que foi preso após o golpe que culminou na última ditadura (1976-1983)— e novamente de 1983 a 1987, quando iniciou sua campanha presidencial.
Junto a Eduardo Duhalde, seu candidato a vice-presidente, venceu as eleições presidenciais de 1989 em um complicado contexto econômico e social que havia levado Alfonsín a adiantar o pleito em vários meses.
Menem foi o presidente que governou a Argentina por mais tempo de maneira ininterrupta, lembra a imprensa argentina.
Atual presidente da Argentina, Alberto Fernández escreveu nas redes sociais que lamenta o falecimento do político. Fernández lembrou que Menem foi preso e perseguido na ditadura militar. O presidente decretou luto de três dias pelo falecimento.
Antecessor de Fernández, Mauricio Macri qualificou Menem como uma “boa pessoa, a quem recordará com muito afeto”. Ex-presidente e atual vice de Fernández, Cristina Kirchner expressou suas condolências pela morte do político.
Fonte: Folhapress