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Em despedida, Anderson Silva começa melhor, mas é nocauteado no 4º round

Enfim, o momento chegou. Aos 45 anos de idade, Anderson Silva se despediu do MMA – até que se prove o contrário – neste sábado (31) após ser superado por Uriah Hall. Ex-campeão dos pesos-médios (84 kg) do UFC, o brasileiro marcou era e quebrou recordes durante seu reinado. Nos últimos anos, porém, seguidas derrotas sinalizaram que o momento de parar de aproximava.

Assim que venceu, o ex-campeão do TUF não escondeu a emoção por vencer seu ídolo e desabou no choro. Ajoelhado, Uriah Hall ainda se desculpou por golpear o ídolo. Todos os presentes ao local ainda aplaudiram bastante o brasileiro após o encerramento da luta.

Embora o card do UFC Fight Night, realizado nas dependências do UFC Apex em Las Vegas (EUA), estivesse longe dos palcos vistosos que acompanharam o auge de ‘Spider’ no esporte, o confronto principal da noite garantiu atenção de sobra na comunidade do MMA.

Após um início equilibrado, em que os atletas trocaram golpes da média e curta distância, a vantagem física do jamaicano fez a diferença e Uriah Hall anotou o nocaute depois de conectar seu segundo knockdown.

Com a despedida, Anderson encerra sua caminhada no MMA com um cartel de 34 vitórias e 11 derrotas, além de um ‘no contest’ (luta sem vencedor). Dentre seus feitos que ocupam lugar de destaque no evento, o Spider segue como o lutador dono da maior sequência de vitórias no octógono, com 16, além de ser o atleta que mais venceu duelos sem precisar da decisão dos jurados em lutas valendo título, com nove.

Entre suas grandes vitórias, o veterano gravou na memória dos brasileiros importantes triunfos, em especial os nocautes no primeiro round contra VItor Belfort e Forrest Griffin, além da finalização contra Chael Sonnen nos minutos finais da disputa.

A luta O primeiro round foi marcado por um início tenso, de muito estudo. Após quase um minuto e meio sem nenhum golpe ser desferido, os atleta, pouco a pouco, passaram a acelerar o ritmo e a trocar golpes na média e curta distância. De fato, nenhum ataque foi efetivo o bastante para balançar um dos atletas, mas o volume e pressão impostos por Anderson fizeram a diferença na parcial. Anderson 10 x 9 Hall.

A etapa seguinte voltou a contar com momentos de inatividade no início. No entanto, assim que encontro o tempo correto para entrar com seus ataques, Anderson voltou a tomar conta das ações com sequências de chutes baixos e no corpo – incluindo ataques rodados. Mais uma vez, o assalto foi decidido pelo volume dos ataques em detrimento da contundência. Anderson 20 x 18 Hall.

O terceiro round foi equilibrado em quase todos os minutos disputados. Depois de dominar o centro do cage por boa parte da etapa, Anderson levava vantagem até que, no minuto final, ao pressionar o jamaicano com ataques na curta distância, ele sofreu um cruzado de direita que o levou a knockdown. A seguir, socos no ground and pound desferidos por Hall pareceram próximos de liquidar a fatura, que acabou interrompida pelo soar do gongo. Anderson 29 x 28 Hall.

Logo no início da quarta etapa, Anderson tentou pressionar Hall mais uma vez, mas um contra golpe reto no queixo o levou a novo knockdown. Desta vez, com mais tempo para trabalhar no ground and pound, Hall não deixou a oportunidade escapar e bateu até o árbitro interromper a disputa.

Fonte: Folhapress
Foto: Getty Imagens

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