Capitão do São Paulo, o meia Daniel Alves citou frustração com a eliminação no Campeonato Paulista, criticou o “imediatismo” de analistas, defendeu o trabalho de Fernando Diniz e fez críticas à política do clube nesta terça-feira.
Foi a primeira entrevista coletiva de um atleta do São Paulo desde a derrota para o Mirassol, nas quartas de final do estadual, na semana passada. O time agora se prepara para a estreia do Campeonato Brasileiro, domingo, contra o Goiás, fora de casa.
– Nós não somos esses dois últimos jogos no Morumbi, somos trabalho, dedicação e entrega de antes da pandemia. Infelizmente, aconteceu esse “X” na nossa caminhada, mas não vai mudar nossa rota, nossa fé no que fazemos no dia a dia, porque é a única coisa que vai fazer mudar a história do São Paulo – afirmou Daniel Alves, referindo-se às derrotas para Mirassol e Bragantino em casa.
O jogador fez defesa enfática do trabalho de Fernando Diniz:
– Não só merece defesa, como ataque e meio de campo. Não é por ter relacionamento especial, porque gostamos das mesmas coisas e temos os mesmos valores pessoais. Acreditamos na verdade do que fazemos e entregamos – declarou Daniel Alves.
– Infelizmente, passamos por situações. Mas implementar num clube da grandeza do São Paulo, com déficit de conquista, é muito mais difícil do que pensam. Mas nem por isso nos acovardamos. Aumenta nosso ímpeto e vontade, de responder a esse desafio.
Ele também reclamou das análises feitas sobre o time tricolor:
– Algumas coisas não têm sentido. Há uma semana eu era destaque, e o time (estava) bem. E um resultado mudou tudo. Mas mudou para fora – afirmou.
– Falam que é um dos piores momentos do São Paulo porque perdeu para um catado. Não existe catado, existem dois times profissionais se enfrentando. Para nós, foi impactante, porque vínhamos numa crescente e tomamos essa – completou, sobre o Mirassol, que perdeu 18 jogadores durante a pandemia.
Fonte: globo.com
Foto: Instagram/SPFC