A cearense Francisca Celsa dos Santos, de 115 anos, foi validada pelo Gerontology Research Group (GRG) – ou Grupo de Pesquisa em Gerontologia -, como uma das pessoas mais velhas do mundo. A validação foi concluída nesta sexta-feira (10) e, com isso, ela é considerada a pessoa mais idosa do Brasil e a terceira do planeta.
O GRG trabalha desde o início da década de 1990 com a longevidade humana e é uma das entidades indicadas pelo Livro Guinness de Recordes para validar idades.
Moradora de Messejana, dona Francisca pode se tornar ainda a pessoa viva mais velha do mundo, título que, atualmente, pertence à japonesa Kane Tanaka, com 116 anos e 320 dias.
Para a neta de dona Francisca, Fernanda Aliny Barrozo, o reconhecimento é motivo de orgulho para a família. “Eu sou muito orgulhosa de ter uma parente tão próxima com tanta vida, que viveu bem. Minha avó tem uma família que a ama muito, e a gente também foi muito amado”, conta.
O processo para a validação pelo GRG iniciou em abril deste ano, mesmo em meio à pandemia da Covid-19. Fernanda relembra a dificuldade de conseguir os documentos necessários. “Nessa época da pandemia foi bem complicado, porque a família é de Pacajus. Conseguimos por um primo que pediu a uma moça que trabalha no cartório de lá”, conta.
Rotina
Apesar de não ser cuidadora direta de dona Francisca, Fernanda garante que tem bastante convivência com a avó. “É uma benção para nós netos ainda termos ela. Nós a tratamos como um bebê, é a mascote da família”, brinca.
Pela avançada idade, Francisca já não tem mais tanta mobilidade e depende de cadeira de rodas para se locomover. A alimentação da cearense também foi afetada e, hoje, é feita à base de leite e suplementações.
Mesmo com as limitações, ela ainda demonstra lucidez. No aniversário de 115 anos, dona Francisca cantou ‘parabéns’ para si mesma.
Pandemia
Durante a pandemia do coronavírus, Fernanda conta que os cuidados com a avó foram redobrados. “Meu primo Luzinei Monteiro, que é médico, é quem toma as decisões da saúde da minha avó. Apenas uma prima ficou direto com ela para cuidar”, afirma.
A assistente administrativa afirma não ter sido um período fácil para a família já que a doença padeceu parentes próximos. “A saudade está grande, mas a minha avó é frágil e precisamos ter todos esses cuidados”, finaliza.