Manifestantes se reuniram neste domingo (7) para novos protestos contra e a favor do governo Jair Bolsonaro (sem partido) em São Paulo.
Pela manhã, um pequeno grupo de intervencionistas que apoiam o presidente Bolsonaro se reuniu na Avenida Paulista, nas proximidades da Fiesp. Por volta das 15h, um grupo pequeno seguia no local em apoio ao chefe do Executivo.
O Largo da Batata, em Pinheiros, é o ponto de encontro da manifestação em oposição ao governo federal. O protesto é organizado pela Frente Povo Sem Medo, da qual Guilherme Boulos (PSOL) faz parte, e conta com a participação das torcidas organizadas, como o movimento Somos Democracia, formado por torcedores do Corinthians.
Há muitas pessoas com faixas e bandeiras no local, e a concentração segue grande. Muitos discursos são feitos, inclusive em carros de som, e manifestantes gritam ordens contra o presidente e o racismo, além de apoiarem a democracia. A Avenida Brigadeiro Faria Lima está fechada no sentido Itaim Bibi.
Muitos motoristas que passam no local buzinam para apoiar a manifestação, sem atrapalhar o trânsito na região. Uma grande faixa com a mensagem “Mortes Nunca Mais”, em homenagem também a George Floyd, assassinado por um policial branco na semana passada nos Estados Unidos, foi aberta na Avenida Faria Lima pelas pessoas.
Bolsonaro chegou a pedir a apoiadores que não fossem ao ato convocado por críticos ao governo durante live em suas redes sociais. Na transmissão, o presidente chamou os manifestantes críticos de “terroristas”, “viciados”, “bando de marginais” e “marginais de preto”.
Ainda pela manhã, médicos protestaram contra “desmonte na Saúde e escalada autoritária”, na Avenida Doutor Arnaldo, em frente à Faculdade de Medicina da USP.
Mochilas revistadas
Mais de 4.000 policiais que estarão nas ruas foram orientados a revistar mochilas e, caso haja objetos que apontem risco para pessoas ou patrimônios públicos, devem ser apreendidos e os abordados, qualificados. Na Avenida Paulista, quem saía com bolsa do metrô era revistado pela polícia. Duas pessoas foram detidas pela manhã, com porrete e produto químico não especificado.
Estão sendo utilizados três helicópteros, seis drones, 150 viaturas, quatro veículos “guardiões” e um veículo lançador de água. Outras unidades da PM permanecerão de prontidão e, se necessário, serão deslocadas para prestar apoio às equipes, de acordo com a pasta. Segundo a PM, o efetivo está dividido igualmente entre Largo da Batata e Avenida Paulista, e há também agentes em outros locais estratégicos, como estações e terminais.
“Mas vamos supor que um movimento seja muito mais do que o outro, e que haja necessidade de um efetivo maior da PM… Nós temos a habilidade de nos mobilizar rapidamente”, explicou o tenente-coronel Emerson Massera, em entrevista à CNN.
Fonte: Folhapress
Foto: Reprodução/GloboNews