O governo Jair Bolsonaro (sem partido) exonerou o secretário especial adjunto Pedro José Vilar Godoy Horta da Secretaria Especial de Cultura, comandada por Regina Duarte. A exoneração do número dois de Regina foi publicada ontem em edição extra do Diário Oficial da União.
A demissão é assinada pelo ministro-chefe da Casa Civil, Walter Braga Netto. Não foi indicado nenhum nome para ocupar o posto.
Horta foi um dos primeiros nomeados por Regina após assumir o comando da pasta, em março deste ano. Na ocasião, ele foi nomeado chefe de gabinete da atriz. No fim de abril, ele assumiu o cargo de secretário especial adjunto.
A exoneração do número 2 de Regina acontece em meio a críticas da classe artística à sua gestão na secretaria. Na semana passada, em entrevista à CNN, a secretária minimizou as mortes do período da ditadura militar, cantou um trecho de música símbolo do regime e também minimizou as mortes pelo coronavírus. Diversas personalidades da cultura repudiaram as falas da secretária.
Após a entrevista, a assessora especial Renata Giraldi, que respondia às demandas da imprensa na secretaria, deixou o cargo.
Regina também vem passando por um processo de fritura conduzido por aliados do governo. Nos bastidores, o entendimento é que o processo tem como objetivo fazer com que ela peça demissão do cargo.
No fim de abril, o próprio Bolsonaro fez críticas ao distanciamento da secretária (que trabalhava de casa, em São Paulo) e disse que ela tinha dificuldade na condução da pasta. O presidente, no entanto, negou que estivesse insatisfeito com o trabalho de Regina.
Fonte: Folhapress
Foto: José Cruz/Agência Brasil