O encontro na manhã desta quarta-feira (8) entre o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, teve um tom de tentativa de reconciliação. Assessores ministeriais ouvidos pelo Congresso em Foco afirmaram que a reunião serviu para acertar detalhes das ações da pasta e aparar arestas.
A semana começou com a temperatura altíssima no desgaste entre Bolsonaro e Mandetta. Já no domingo (5), o presidente disse, sem citar nomes, que tem ministros achando que são estrelas. Na segunda-feira (6), chegou a ser dada como certa a demissão de Mandetta em edição do Diário Oficial da União.
Em coletiva de imprensa na terça-feira (7), o ministro da Saúde não recuou nas orientações técnicas que vem defendendo de isolamento social e por um uso cauteloso de medicações como hidroxicloroquina. No entanto, ele disse que o médico que optar pela substância não está proibido, desde que assuma os riscos de eventuais efeitos colaterais negativos.
O uso da hidroxicloroquina é um dos principais pontos de divergências entre a atuação de Bolsonaro e Mandetta na crise do coronavírus. A medicação tem sido defendido por Jair Bolsonaro e aliados próximos. A eficácia da medicação no tratamento da covid-19 ainda não está comprovada.