O governador Wellington Dias e os demais governadores do Nordeste se reuniram, nesta segunda-feira (23), por meio de videoconferência, com o presidente Jair Bolsonaro, o vice-presidente, Hamilton Mourão, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta e outros membros da cúpula do Governo Federal para discutir medidas a serem implantadas no combate à pandemia da Covid-19, infecção respiratória causada pelo Coronavírus, bem como seus efeitos socioeconômicos.
Na oportunidade, perante as demandas apresentadas anteriormente por governadores e prefeitos, o Governo Federal divulgou ações emergenciais para conter os danos da crise. Para tanto, a União anuncia a liberação de R$ 85,8 bilhões para fortalecer instâncias estaduais e municipais, sendo, deste montante, R$ 8 bilhões aplicados diretamente na Saúde; R$ 16 bilhões para a recomposição dos Fundos de Participação dos Estados (FPE) e Municípios (FPM), devido à queda de arrecadação; R$ 2 bilhões para Assistência Social; R$ 40 bilhões para operações e facilitação de crédito para estados e municípios, bem como R$ 9,6 bilhões para renegociação de dívidas destas instâncias de poder; suspensão de cerca de R$ 12,6 bilhões em dívidas dos estados junto à União.
De acordo com o governador, o objetivo é estreitar cada vez mais as ações e trabalhar em conjunto com o Governo Federal no enfrentamento ao Coronavírus.
“Os recursos apresentados para a Saúde irão permitir os atendimentos necessário que as equipes municipais estão atuando. Ao mesmo tempo, permite as condições para que os estados possam trabalhar a média e alta complexidade, garantindo as condições de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e também a aquisição de equipamentos e medicamentos necessários para o tratamento de pessoas afligidas pela Covid-19”, destaca.
Para o chefe do executivo piauiense, no que diz respeito ao cenário econômico, os anúncios feitos pelo presidente Jair Bolsonaro são importantes para o funcionamento de Estados e Municípios, mas ainda aquém das demandas apresentadas. “Na pauta econômica, nós tivemos um atendimento parcial das demandas. Colocamos a necessidade de termos a base do ano de 2019 para a receita do FPE e do ICMS, pela queda da produção econômica que se avizinha. Isso nos traz a tranquilidade para mantermos o funcionamento dos serviços básicos de Saúde, Segurança e de situações emergenciais. No que diz respeito ao Fundo de Participação, fomos atendidos com a criação de um seguro que compensa as perdas, porém não tivemos as mesmas condições para o ICMS”, explicita o governador.
Renan Filho, governador de Alagoas, ressaltou a importância da reunião e sua representatividade para a união de esforços que o país necessita.
“Esse problema não permite o trabalho isolado. Todos nós precisamos estar de mãos dadas. Parabenizo pelas decisões tomadas. Na carta, estávamos buscando alguns dos pontos que foram apresentados”, diz.
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, ressaltou que os protocolos de Saúde estão sendo seguidos e que a União vem alargando a capacidade de atendimento. Segundo ele, no Brasil, a narrativa é diferente do que foi na Europa.
“Lá, eles têm uma grande parcela da população já idosa. Nós estamos relativamente bem organizados e o Sistema Único de Saúde (SUS) está alargando sua capacidade. Somos um país jovem e temos pouquíssimas complicações”, acredita.
Fonte: Ascom